segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O enigma Jane Austen

Nos 238 anos do nascimento de Jane Austen confesso que a escritora e sua obra são mistérios para mim. E, admito, também, que talvez este seja o mais difícil e polêmico post que já escrevi no blog.
 
Aclamada, reverenciada e adorada por milhares de leitores, Jane Austen ainda não fez minha cabeça. Digo ainda porque não desisti dela, mesmo depois de três romances lidos e pouco entusiasmo com sua escrita. Que os fãs da escritora inglesa me perdoem, mas preciso expurgar essa minha impressão, quem sabe assim não consigo compreender sua obra.
Fui apresentada à escritora tardiamente e por uma adaptação cinematográfica: Razão e sensibilidade, filme de 1995, dirigido por Ang Lee, com Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant. Confesso que gostei muito do filme e, por isso, me animei ler o livro. Encontrei-o com o título de Razão e sentimento, mas a leitura não fluiu tão bem e não me entusiasmei pelo livro tanto quanto pelo filme.
A segunda investida foi Emma, e aqui não me recordo se li o livro primeiro ou se assisti à adaptação cinematográfica. Seja como for, ambos, livro e filme foram “bacaninhas”, mas nada promissores. Aliás, achei o enredo semelhante à Razão e sentimento, ou seja, mulheres em busca de um casamento e, se for promissor, melhor ainda (desculpe a generalização, mas é isso que senti, e isso me incomodou um pouco).
Recentemente, por ocasião dos 200 anos da publicação de Orgulho e preconceito, uma de suas obras mais lembradas, resolvi que era a vez de ler esse livro e acabar de vez com essa “birra” com a escritora. Sabendo disso, uma amiga deu-me o livro no meu aniversário e, tão logo pude, aventurei-me por suas páginas.
Confesso que foi agradável ler, a leitura fluiu maravilhosamente e voltava com vontade para o livro, mas... a impressão de mal-estar com a semelhança da trama com os outros livros que li voltou a me incomodar. Não era possível que a história tivesse o mesmo tom dos outros romances, girando sempre em torno da questão do casamento. Até Mr. Darcy, que muitas amigas me falavam, suspirando e sonhando, eu não gostei. Achei-o insuportável no início e, se seu modo de ser mudou no decorrer da trama, minha disposição para com ele não arrefeceu. Pra ser sincera gostei mais de Elisabeth, que me pareceu uma moça mais disposta a mudar a condição feminina.
Logo depois assisti ao filme para, quem sabe assim, ter uma opinião diferente. Ledo engano, pois a sensação não mudou, aliás, achei-o parecido com o livro, nem melhor, nem pior. E admito até ter sentido certa impaciência para que o fim chegasse.
O fato é que, apesar dessas experiências, como disse, não desisti de Jane Austen, ainda quero ler pelo menos mais dois de seus livros: Persuasão e Mansfield Park. Pode ser que a má impressão passe ou então entregue os pontos de vez e admita que a ironia da escritora em descrever seus personagens e a condição da mulher na época retratadas em seus livros estão além da minha compreensão.
E mais uma vez peço desculpas aos admiradores de Jane Austen.

2 comentários:

  1. Também achei o Mr. Darcy um chaaaato!!!! rsrsrsrrs
    Gostei do livro, mas realmente não é, para mim, nenhuma obra prima. : )

    beijos

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  2. Obrigada, Érika, pelo menos não estou sozinha (rs)

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