sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ilha Deserta – HQs


E pegando carona nessa viagem de Ilha Deserta, dos livros que levaríamos como companheiros, além de outras necessidades e tudo o mais, é claro, pensei em fazer minha listinha também. Mas como já fiz um post sobre o assunto (veja aqui http://migre.me/7BRxd) resolvi, desta vez, fazer uma lista de HQs que levaria para uma ilha deserta, se bem que naquela que fiz anteriormente cheguei a colocar uma história em quadrinhos na relação.

Seja como for, esta lista, agora, é só de HQs, mas não é tão extensa quanto a da Heloísa Seixas em O Prazer de Ler. A minha é mais modesta, restrita a dez títulos, porque, afinal, não vou ficar tanto tempo assim em uma Ilha Deserta, só um período curto.

Vamos à lista:

Palestina, de Joe Sacco, claro! E os dois volumes que tenho: Palestina – Uma nação ocupada e Palestina – Na faixa de Gaza. Trata-se da reportagem em quadrinhos sobre o conflito palestino e israelense. Um trabalho bem feito de Sacco, que é jornalista e cartunista, por ouvir também o lado palestino do conflito.

Gen Pés Descalços, de Keiji Nakazawa, em 4 volumes: Uma história de Hiroshima, O dia seguinte, Vida após a bomba e O recomeço. A história é baseada nas experiências do autor, ele um sobrevivente da bomba lançada em Hiroshima. A HQ consegue retratar, com realismo e emoção, a tragédia daqueles dias. Triste e belo.

Maus, de Art Spiegelman. Outra HQ autobiográfica. Nesta, o autor conta a história de seus pais, que eram judeus, no campo de concentração nazista e a vida após ele. Um trabalho interessante por retratar diferentes grupos étnicos por meio de várias espécies de animais.

Watchmen, escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons. A trama se passa no contexto da Guerra Fria e em via de declarar uma guerra nuclear com a União Soviética. A trama envolve um grupo de super-heróis do passado e do presente e o misterioso assassinato de um deles. Um texto primoroso.

Daytripper, de Fábio Moon e Gabriel Bá. Conta a história de Brás, brasileiro do sul do país, escritor e editor de obituário de um jornal. Destacando diferentes momentos da vida do personagem que tenta ainda fugir da sombra do pai. Trabalho poético e premiadíssimo dos gêmeos quadrinistas brasileiros.

Um Contrato com Deus, de Will Eisner. Graphic novel que consiste de quatro contos, todos situados em um cortiço no Bronx, nos anos de 1930. As narrativas são separadas, mas todas ligadas pelo tema da experiência imigratória. Ainda não li, mas está na minha lista deste ano.

Sandman, de Neil Gaiman. Os 10 volumes. As histórias descrevem a vida de Sonho, o governante do Sonhar (mundo dos sonhos) e sua interação com o universo, os homens e outras criaturas. Ainda estou completando a coleção. Faltam os dois primeiros volumes. Estou louca para ler.

O Fotógrafo, de Guibert, Lefèvre, Lemercier. Dividida em três volumes, a obra traz o relato pessoal da experiência do fotógrafo Lefèvre no Afeganistão, com as dificuldades e perigos enfrentados por ele e pela equipe de Médicos Sem Fronteiras. Mistura fotos em preto e branco com quadrinhos. Embora os livros estejam na minha “estante”, ainda não os li, mas também é prioridade.

Sin City, de Frank Miller. Série de HQs e publicadas no formato de film noir. As histórias são situadas na cidade fictícia de Basin City ou Sin City, conhecida pelos policiais covardes, preguiçosos e corruptos. Há ainda a Cidade Velha, habitada por prostitutas trazidas durante a Corrida do Ouro para agradar os mineiros. Li apenas um livro e assisti ao filme produzido, aliás um dos melhores que vi adaptados dos quadrinhos. Muito booom!

Che – Os últimos dias de um herói, de Hector Oesterheld e Alberto Breccia. Biografia de Che Guevara, lançada originalmente em 1968, na Argentina, três meses após a morte do guerrilheiro, ajudando a popularizar o mito latino-americano. Ainda falarei mais sobre esta HQ em futuros posts, pois ainda não li.

Ah, como eu passei Palestina para esta lista de HQs, ficou faltando um livro na outra lista. Então me sinto liberada para levar mais um livro naquela leva, e este seria O filho eterno, de Cristovão Tezza.

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