sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Retrospectiva literária 2011


Fim de ano, hora de fazer um balanço das leituras de 2011. Este ano estou participando da Retrospectiva Literária, promovida pela Angélica Roz, do blog Pensamento Tangencial (http://pensamentotangencial.blogspot.com), uma ideia bacana que contribui para a divulgação do livro e da leitura.
Este foi um ano maravilhoso para minhas leituras. Muitas delas inesquecíveis, com destaque para a produção nacional. Mas vamos aos tópicos que interessam:
O livro infanto-juvenil que mais gostei
A bolsa amarela, de Lygia Bojunga.
Bom, foi uma leitura tardia, mas nem por isso menos prazerosa. Gostei demais, principalmente porque foi um retorno à minha infância.

A aventura que me tirou o fôlego
De Bagdá com muito amor, de Jay Kopelman, escrito em parceria com a jornalista Melinda Roth.
A história do cãozinho resgatado pelo fuzileiro naval tocou meu coração e me deixou grudada no livro do início ao fim.

O suspense mais eletrizante
Uma Duas, de Eliane Brum.
Não sei se pode ser considerado como suspense, mas o primeiro livro de ficção da jornalista Eliane Brum tirou o meu fôlego em muitas partes e me deu calafrios. Muito bom.

A saga que me conquistou
1602, escrita por Neil Gaiman, desenhada por Andy Kubert e arte-finalizada digitalmente por Richard Isanove.
Trata-se de uma série em HQ, com quatro fascículos que fala de uma realidade alternativa em 1602 no Universo Marvel. Nele, os super-heróis interagem na corte da rainha Elizabeth. Muito louco e divertido. Uma viagem e tanto.

O clássico que me marcou
Bonequinha de luxo, de Truman Capote.
Na verdade é um conto, muito bem escrito, gostoso de ler e apaixonante.

O livro que me fez refletir
O filho eterno, de Cristovão Tezza.
Tudo o que eu disser será pouco para descrever a obra de Tezza. O livro mexe com nossos sentimentos mais profundos, revela, sem máscaras, os conflitos de um pai que tem um filho com a Síndrome de Down. Comovente e cruel ao mesmo tempo. Sem falar que a escrita de Tezza foi para mim um bálsamo e um grande aprendizado.

O livro que me fez rir
Belas Maldições – as belas e precisas previsões de Agnes Nutter, bruxa, de Neil Gaiman e Terry Pratchett.
As peripécias de Crowley, a serpente, e Aziraphale, o anjo, para tentar impedir o apocalipse me divertiram muito.

O livro que me fez chorar
Desonra, de J. M. Coetzee
Não é muito difícil eu chorar com um livro, sempre me emociono, de uma forma ou de outra, mas Desonra foi uma choradeira só. As crueldades, sobretudo aquelas impostas aos animais, no pós-Apartheid, dilaceraram meu coração.

O melhor livro de fantasia
Contos de fadas – de Perrault, Grimm, Andersen e outros, com apresentação de Ana Maria Machado.
Uma redescoberta dos contos de fadas, agora numa versão bem diferente daquela que li da Disney.

O livro que me decepcionou
Água para elefantes, de Sara Gruen.
Histórias de animais me comovem e fascinam, mas o livro de Sara prometeu mais do que de fato cumpriu, pelo menos para mim.

O livro que me surpreendeu
A viagem do elefante, de José Saramago
Foi o primeiro livro que li de Saramago, e ele me pegou de jeito.Simplesmente amei a história e seu jeito de narrar. Uma boa surpresa.

A frase que não saiu da minha cabeça
“É porque nunca a viram”, ele me diz. “Mas eu a reconheceria em qualquer circunstância”, frase de A elegância do ouriço, de Muriel Barbery.
A frase foi dita pelo sr. Kakuro à sra. Renée, quando esta, uma simples zeladora, saiu toda arrumada para passear com ele, e as elegantes moradoras do prédio não a reconheceram na saída.

O personagem do ano
Salomão ou Solimon, o elefante protagonista de A viagem do elefante, de José Saramago.
Valente, corajoso, sensível e esperto, o elefante é um desses personagens únicos, que marcam nossas leituras.

O casal perfeito
Kakuro e Renée, de A elegância do ouriço, de Muriel Barbery.
Claro, não poderia ter sido outro. O casal já de meia idade, que não chegou a se tornar de fato, ficou apenas na promessa, uma linda promessa.

O autor revelação
José Castello.
Não chega a ser uma revelação, mas para mim, que o conhecia como crítico literário, surpreendi-me com sua escrita em Ribamar, um misto de romance e biografia sobre seu pai, José Ribamar.

O melhor livro nacional
O filho eterno, de Cristovão Tezza.
Sem comentários, já disse que tudo o que escrever será pouco para falar deste livro.

O melhor livro que li em 2011
O filho eterno, de Cristovão Tezza.

LI em 2011...
39 livros. Um bom número. Poderia torcer para chegar aos 40, mas gosto de número ímpar, então está de bom tamanho.

A minha meta literária para 2012 é...
Continuar no mesmo ritmo de 2011, sem estipular números. Quero ler de fato, a quantidade é consequência. Quero prosseguir com autores nacionais, mas também ler clássicos, poesia, HQs, enfim, tudo o que cair em minahs mãos e me interessar.
E. para concluir, minha listinha dos dez livros que mais gostei de ler em 2011. E olha que foi difícil escolher. A ordem pouco importa, por isso não vou numerar:
O filho eterno, de Cristovão Tezza
A viagem do elefante, de José Saramago
A elegância do ouriço, de Muriel Barbery
Uma Duas, de Eliane Brum
Desonra, de J. M. Coetzee
Bonequinha de luxo, de Truman Capote
Daytripper, de Fábio Moon e Gabriel Bá
Ribamar, de José Castello
A bolsa amarela, de Lygia Bojunga
Dois irmãos, de Milton Hatoum
Bom, é isso. Feliz 2012, com muitas e boas leituras.

3 comentários:

  1. Então quer dizer que gostou de "Dois Irmãos"?! :D Eu sou suspeita porque amo, haha!

    E em sua listinha temos em comum a decepção com "Água para Elefantes". Não é o pior livro do mundo, mas o fato é que ele realmente promete mais do que proporciona. O final, em especial, me decepcionou um pouco :/ achei tudo muito "fácil".

    De qualquer forma, esse "Uma Duas" também foi elogiado por outra amiga jornalista, e além de ter lido o que você falou sobre ele, estou beeem curiosa ;)Sua listinha, no geral, ficou bem legal!!

    Um grande beijo e feliz 2012, vizinha de Zona Leste!

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  2. Hola Cecilia ¡¡feliz año 2012!!,
    interesante espacio el tuyo.
    si te gusta la poesía te invito a mis espacios.
    un abrazo.

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  3. Oi Cecilia!

    Adoro o Saramago!! Esse livro que você citou eu ainda não li...
    Adorei as suas escolhas! Livros bem diferentes...
    Eu não sabia que "Bonequinha de Luxo" é um conto. O.O

    Obrigada por ter participado da Retrospectiva! :D

    Beijoooo!

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