terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ainda sobre Drummond

Aproveitando o Dia D #Drummond eu encomendei um pequeno livrinho do poeta para embalar minhas leituras neste final de ano. Trata-se de Receita de Ano Novo, uma antologia organizada por Pedro e Luis Maurício Drummond, que reuniram os melhores textos de Drummond sobre festas de fim de ano, Natal e expectativas positivas para o Ano Novo.

O livro era para ter chegado ontem, no Dia D, mas só hoje o tenho em mãos. Tudo bem, todo dia é dia de celebrar Drummond. Além disso, hoje minha amiga Vânia, enviou-me uma linda mensagem que, na verdade, ela queria postar no meu blog, como comentário, mas não conseguiu. Trata-se de uma impressão bem particular sobre o poeta, que teve o privilégio de conhecer de perto.

Para fazer jus, resolvi compartilhar o texto que ela me enviou e que acabou publicando no Grupo Avareté, no Facebook, para que todos possam deleitarem-se com ele também.

Eis:

Acho que só contei isso pra pouquíssimas pessoas...

Nasci e fui criada numa rua pertinho de onde morava o Carlos Drummond de Andrade. Não era raro eu vê-lo na padaria, nas calçadas, enfim, eu (humilde e simples mortal) compartilhando um espaço público com o grande e "imortal" poeta.

Nunca cheguei a falar com ele, pois era uma pessoa muito reservada, até tímido talvez, e eu achava que seria muita ousadia me dirigir aquele "gigante".

Mas, por diversas vezes, mesmo depois de adulta, brinquei de segui-lo sem que ele me visse. Ele não ia a lugar nenhum especial, nunca fez nada demais, mas eu adorava fazer essa "espionagem". Hoje sei que, de perto, ele era a criatura mais comum do mundo em suas andanças públicas, pelo menos.

Não se parecia nada com a grandeza de suas obras. Mas assim é que é o verdadeiro "grande homem", o autêntico "sábio": simples e não se acha melhor do que ninguém, apenas um homem como qualquer um, sem sombra de ostentação, arrogância e exibição. Foi essa a minha "lição" durante as "espionagens": quanto maior a pessoa, mais humilde parece...

O que acabo de contar agora no Avareté, embora seja uma lembrança muito valiosa pra mim, praticamente guardei só pra mim. Pensei que iriam me achar maluca de "sair seguindo um poeta, como uma verdadeira "espiã"...

Hoje tenho saudades dessas minhas inocentes "perseguições". Eram muito interessantes e divertidas, pois nunca peguei-o fazendo nada demais. Acho que esperava, nos meus delírios literários, que ele entrasse numa espécie de "Portal Secreto", onde, com certeza, encontraria um "biblioteca também secreta", ao estilo de "A Sombra do Vento", do Zafón... rsrsrs. Acho até que foi por isso que gostei tanto deste livro logo no começo. Loucuras da nossa vida...!!!

Um comentário:

  1. Oi Cecilia, tenho vários livros de Drumond ou sobre ele, mas este eu não conhecia. Valeu a dica.
    Bju

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