segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ex libris

Quando fiz meu Orkut, há quase seis anos, uma das primeiras buscas que efetuei foi para encontrar grupos relacionados à literatura e a paixão pelos livros. Não sei como, mas acabei descobrindo uma joia rara em meio à profusão de comunidades existentes naquela rede de relacionamento pessoal e com a qual me identifiquei bastante: a Ex libris.

Na verdade, não sei o que me chamou a atenção na comunidade porque eu nem sabia o que aquela palavrinha, de nome estranho, significava. Acabei aprendendo pela descrição da página e por tópicos do grupo, e percebi, também, que aquele lugar tinha tudo a ver comigo e com o que eu buscava.

Ex libris é uma expressão latina que significa “livros de”, que faz parte “da biblioteca de”. É uma vinheta ou inscrição aplicada num livro, indicando a quem pertence. Tradição do século XIV, o ex libris exibe o nome ou a divisa do proprietário e é apreciado particularmente por bibliófilos.

Ou seja, trata-se de uma maneira de identificar o livro como pertencente a tal pessoa. E isso pode ser feito por meio de pequenas etiquetas de papel impressas, que são coladas à parte interna da capa dos livros para indicar quem é o seu possuidor. Contém o nome do proprietário, brasões, figuras, paisagens, alegorias ou qualquer outra imagem que revelam a personalidade de seu dono(o ex libris acima é de Joaquim Nabuco e foi disponibilizada pela Pridie Kalendas).

Com essas informações, passei então a participar da comunidade e, diariamente, a visitava, fazendo comentários nos tópicos abertos. Era uma delícia compartilhar com outras pessoas as preferências literárias, saber sobre livros, conhecer outras tendências, trocar ideias, discutir literatura.

Foi na comunidade que fiquei conhecendo o livro Coração de Tinta, de Cornelia Funke; que descobri A Invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares; que me indicaram Contos, de Machado de Assis; que percebi o quanto gosto de livros que falam de livros, como Ex-libris – confissões de uma leitora comum; e tantos outros.

Com o tempo, minhas visitas tornaram-se menos frequentes, embora nunca tenha deixado de participar da comunidade. Nesse meio tempo, outros grupos passaram a chamar mais minha atenção, criei meu blog, conheci outros e passei a olhar para diferentes frentes.

No início do ano, porém, resolvi dar uma expiada na comunidade para ver como estava e, qual não foi minha surpresa quando, na descrição, vi que a moderadora havia criado um blog com o mesmo nome da comunidade. Nossa, fiquei ansiosa para conhecer e mais do que depressa apressei-me em digitar o endereço na internet: o que vi, foi bastante para me apaixonar pelo blog. Com textos curtos, bom humor e sinceridade, Denise fala sobre sua paixão pelos livros, contando pequenas histórias sobre essa relação. Muito legal.

Resolvi então segui-la, mas para meu pesar, verifiquei que ela não escrevia há bom tempo, um ano para ser exata. Fiquei decepcionada e pensei:

– Logo agora que descobri o blog? Que pena! - Mas decidi:
– Vou seguir mesmo assim.

Deixei um recado e esperei, mas não muito.

A semana passada, como quem não quer nada, abri meu blog e vi um comentário simpático em um dos posts que fiz. Era da Denise que, para minha alegria, me disse estar retomando o seu “abandonadíssimo” blog.

Seus posts continuam com a mesma carga de antes e, porque não dizer, melhores. Bom para ela, bom para nós, que podemos desfrutar de leituras interessantes e compartilhar o mesmo amor pelos livros.

Quer conferir? Acesse http://exlibris-denise.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Nossa, Cecília! Agora vc aqueceu o meu coração de vez! Quase chorei com o teu post e, posso falar? Voltei ao blog quando li o teu comentário no último texto que eu havia postado. Pode crer, foi você quem me deu o empurrão para eu criar juízo. Obrigada de coração pelo carinho, vou tentar não decepcionar. Beijão

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  2. Muito legal seu post..vou visitar o blog que citou..bjs

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